Olá!!!

Certamente você está se perguntando, o que é o Planeta Pele?... Um conceito! Realmente procuramos colocar nossos objetivos em uma marca que expressasse nossos valores. Nosso azul atrai bons fluídos que além de acalmar a alma, nos faz meditar e acreditar que donos do nosso destino, podemos torná-lo melhor. O verde retrata a natureza e estimula a saúde, contribuíndo para o equilíbrio físico, mental e espiritual. Nossas linhas retas trazem consigo a ideia do dinamismo de propósitos e da energia transformadora. As curvas simbolizam a beleza e o movimento em expansão. Ah!... A borboleta, esta tem um significado todo especial. A transformação, o recomeço de uma nova vida e de um novo tempo. Venha, e se torne um agente multiplicador, cultive e amplie valores.



Calfa e Mmaciel.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Peeling.

Peeling é um tratamento estético que causa esfoliação da pele com substâncias químicas ou através do uso de aparelhos (peeling físico) que remove a pele envelhecida e estímula a produção de colágeno. Podem ser superficiais, médios ou profundos. Quanto mais profundo melhor o resultado mas maiores as chances de complicações.

O peeling químico consiste na aplicação de diferentes substâncias -ácidos- no rosto, mãos ou colo. Utilizamos de cremes, líquidos ou géis aplicados por um médico na pele. As sessões podem ser mensais até anuais. O número depende da profundidade do peeling e das necessidades do(a) paciente.

O peeling físico causa uma microdermoabrasão na pele, é conhecido como peeling de cristal e de diamante. O aparelho utiliza microcristais que promove a sucção e esfoliação superficial da pele, removendo células mortas, pele manchada e estimula a formação de colágeno. As sessões podem ser mensais ou a cada 60 dias.

Podem ser aplicados em rugas, rejuvenescimento facial, espinhas/acne, manchas/melasma, cicatrizes e estrias.

Um número mínimo de sessões é sugerido pelo médico, sendo apenas uma estimativa. Com a evolução do tratamento e resposta apresentada é que se poderá determinar a necessidade de mais ou menos sessões. Lembrando que o número de sessões depende da profundidade do peeling.

Não deve se submeter a peeling pacientes grávidas, com história de alergia a qualquer dos componentes utilisados, pessoas com vitiligo ou doenças de pele, uso recente de Roacutan/Isotretinoína ou Acitretina. Cuidado com pessoas que tem o hábito de ficar cutucando a pele, arrancando casquinhas e que não podem descamar por questões profissionais/ festivas ou que vão se expor ao sol  a curto prazo.

É bom lembrar que todo procedimento médico pode ter complicações, que serão amenisados pela correta avaliação da pele e pela escolha do peeling. Quanto mais profundo o peeling, maior risco de complicações como hiperpigmentação (manchas escuras),  hipopigmentação (manchas claras), cicatrizes e infecção. Pacientes com pele escura e orientais apresentam maior risco de complicações.

As complicações podem ser evitadas com a cuidadosa avaliação da pele, escolha do peeling ideal e preparar a pele antes do procedimento por 14 a 30 dias antes com os chamados pré-peeling. Evitar o sol antes e depois são fundamentais. A proteção solar no pós-peeling é tão importante quanto o próprio peeling.

Fonte: Apostila do ISMD.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tipos de olheiras.


Constitucionais: são olheiras acastanhadas e fundas caracterizadas pela anatomia da face. O globo ocular fica alojado em um orifício que, neste caso, é anatomicamente mais profundo e recoberto por uma pele muito fina que permite transparecer a sombra da cavidade. Muito comum nas etnias indiana e árabe. Os tratamentos para clarear e suavizar olheiras desse tipo são geralmente lentos e apresentam resultados pouco perceptíveis. O laser (luz intensa pulsada) e o preenchimento com ácido hialurônico pode ser uma boa opção para este caso.


Melânicas: olheiras acastanhadas causadas pelo acúmulo de melanina (pigmento que fornece o tom a pele), que, por sua vez, é desencadeado pelo excesso de sol ou estímulo hormonal. Os tratamentos que favorecem a despigmentação apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.


Sanguíneas: olheiras arroxeadas causadas por acúmulo de hemoglobina (pigmento sanguíneo) ou produtos de sua degradação (ferro). Os tratamentos que favorecem a microcirculação e agem como quelantes de ferro apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.


Vasculares: olheiras azuladas causadas por excesso de retenção de fluidos. Tendem a agravar-se em situações de stress e cansaço, quando a circulação sanguínea da região torna-se parcialmente comprometida. Os tratamentos que favorecem a microcirculação apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.

Fonte: www.mirianmmaciel.blogspot.com

Cuidados com a pele normal e oleosa.

Pele normal.


Características:

- Textura lisa e suave.

- Orifícios dos pêlos são pouco visíveis.

- Secreção sebácea e sudorípara equilibradas.

- É semelhante a uma pele de criança.

Cuidados:

- Limpeza suave e de preferência livre de sabão.

- Usar um tonificante para remover resíduos e normalizar o pH. Estes com baixa concentração de álcool e com ação calmante, adstringente (constrição), antiinflamatória e refrescante.

- Hidratação leve e fotoprotetores com formulações fluídas e de preferência livre de óleos.

- Esfoliação uma a duas vezes na semana, o que facilatria a ação dos hidratantes.

- Máscaras com ação descongestionante para minimizar sinais de cansaço.


Pele Oleosa ou Seborréica.

Características:

- Untuosa ou brilhante devido ao aumento das secreções sebáceas e sudoríparas.

- Espessura aumentada e textura granulosa.

- Orifícos pêlos aumentados com tendência a formação de comedões (cravos).

- Pode se apresentar ressecada devido a tratamentos prévios ou doenças e condições climáticas.

Cuidados:

- Limpeza com secativos e que controlem a oleosidade. Lavar com água fria.

- Tonificação que remove resíduos com soluções mais alcoólicas.

- Hidratação mais a base de gel, loções aquosas livres de álcool ou emulsões óleo/álcool (O/A) fluida, neste último, o componente álcool é predominante.

- Fotoprotetores livres de óleo, com gel de preferência aquoso, emulsões O/A ou bases siliconadas.

- Esfoliar a pele umas tres vezes na semana sem excessos. Esta ajuda a reduzir os comedões.

- Máscaras faciais ajudam na limpeza e controle de oleosidades.

Cuidados com a pele sêca e mista.

Pele sêca.


Características:

- Muito fina e ressecada.

- O conteúdo de água corporal pode ou não estar normal.

- Pode apresentar pequenos vasos (telangectasias).

- Aspecto ressecado, quebradiço e opaco.

- Apresenta uma descamação fina (esfarelando).

- Aparência de pergaminho, simulando rugas finas.

- Diferente de uma pele hidratada que se mostra túrgida, lisa, viçosa, elástica e agradável ao toque.

Cuidados:

- Limpeza com leites ou loções com ativos hidratantes.

- Tonificação isenta de álcool e com ativos hidratantes.

- Hidratação em bases oleosas. Após o banho e com a pela ainda úmida passar um óleo pós-banho, seguido de um creme hidratante para retenção da umidade/água na pele.

- Fotoprotetores em creme.

- Esfoliar a pele uma vez por semana e de forma suave. Melhora a absorção dos hidratantes e elimina as células mortas da pele.

- Máscaras hidratantes.


Pele mista ou combinada.

Características:

- Variação da pele oleosa.

- Apresenta áreas oleosas (testa, nariz e queixo – zona T) e áreas secas (lateral do rosto e região dos olhos).

- Pode haver oscilações conforme as condições climáticas.

Cuidados:

- Limpeza com sabonete líquido suave ou uma loção de preferência secativa.

- Tonificar a zona T da face após a limpeza com um tônico de baixo teor alcoólico e adstringentes suaves.

- Hidratante de textura suave e não-comedogênico (cravos).

- Fotoprotetores em veículos isentos de óleo.

- Esfoliar a pele uma vez na semana com esfoliante suave e priorizando a zona T.

- Máscaras descongestionantes.

Cuidados com a pele sensível e masculina.

Pele sensível.


Características:

- Apresenta reação excessiva a estímulos internos e externos.

- Pode apresentar eritema (vermelhidão) difuso ou em placas, prurido (coceira), calor, ardor e ressecamento.

- A pele se torna sensível a certas substâncias ou sob certas circunstâncias.

Cuidados:

- Limpeza com loções ou leite de limpeza e sem sabão. Limpador refrescante e calmante para a pele.

- Tonificar com produtos não-alcoólicos e com propriedades calmantes.

- Hidratantes hipoalergênicos, sem fragrância e com o menor número possível de princípios ativos.

- Fotoprotetores – de preferência os físicos que são menos alergênicos.

- Não realizar esfoliação da pele. Evite nas formulações pigmentos, corantes, álcool, fragrâncias, produtos abrasivos e ácido glicólico.

- Antes de iniciar qualquer produto faça o teste de sensibilidade cutânea.


Pele masculina.

Características:

- A pele é mais espessa que a mulher, porém a hipoderme (subcutâneo) é mais delgada.

- As glândulas sebáceas e os orifícios pilossebáceos são maiores que os femininos.

- A derme é mais resistente por possuir mais fibras colágenas.

- Crescimento de pêlos no rosto segue um padrão hormonal.

Cuidados:

- Limpeza depende do tipo de pele, seca ou oleosa.

- Tonificantes possuem uma maior concentração de álcool.

- Hidratar com produtos de leve textura, fácil aplicação e rápida absorção. Preferência pelos géis.

- Fotoprotetores com textura leve, veículos livres de óleo, preferência por gel, base siliconada ou uma emulsão O/A.

Ao Barbear:

- Primeiro amacie os pêlos antes de se barbear com água morna por 2-3 minutos.

- Pele seca e sensível use creme de barbear.

- Pele oleosa espuma de barbear.

- Enxague o rosto com água morna para remover resíduos de creme ou espuma.

- Use uma loção ou creme pós-barba dependendo do tipo da pele, estes ajudam a fechar os poros abertos, aliviar a sensação de queimação, cessar pequenos sangramentos e perfumar a pele.

Cuidados com a pele negra e do bebê.

 Pele negra:

Características:

- Camada córnea mais espessa e compacta, o que confere maior resistência.

- Maior porcentagem de glândulas sudoríparas apócrinas, responsáveis por odores.

- Vasos sanguíneos e linfáticos mais calibrosos.

- Maior volume dos melanossomos, organelas dos melanócitos responsáveis pela síntese e armazenamento da melanina.

- Apresenta maior perda de água após irritação.

- Maior sensibilidade a agentes irritantes.

- O tom acinzentado de alguns é o reflexo da luz nas células mortas descamadas e presentes na pele.

Cuidados:

- Limpeza com loção de limpeza ou sabonete líquido suave com boa ação desengordurante.

- Tonificar para retirar o excesso de óleo da pele com tônico suave e adstringente.

- Hidratação não tão oleosa e que sirva para evitar o aparecimento da tonalidade acinzentada ou manchas esbranquiçadas na pele.

- Fotoprotetores dependem do tipo de pele. Lembrando que a exposição à luz aumenta a espessura da camada córnea, mecanismo de defesa, tornando-a áspera e ressecada.

- Esfoliar a pele para redução da aspereza e da epiderme mais espessa.

- Máscara nutritiva e revitalizadora.


Pele do bebê.

Características:

- Logo após o nascimento a pele é fina. A camada córnea, glândulas sudoríparas e folículos pilossebáceos são pouco desenvolvidos.

- Nas próximas 2-3 semanas seguintes começa a maturação da pele do neonato. A barreira epidérmica ainda é fraca, ocorre perda aumentada de água transepidérmica e dificuldade de regulação da temperatura corporal, a absorção pela pele é aumentada, ou seja, uma pele muito delicada e sensível a agressões externas.

Cuidados:

- Limpeza significa prevenção de assaduras. Utilize produtos suaves e de pH neutro, Lenços emolientes em soluções aquosa removem resíduos e formam um filme protetor sobre a pele.

- Não use formulações contendo álcool.

- Até 6 meses não se usa fotoprotetores, devido à imaturidade da pele. Utilize outras medidas de proteção à irradiação solar.

- Após os 6 meses utilize protetor solar infantil com filtros físicos que aderem mais, aumenta a proteção e a resistência à água. O uso de gel é contra-indicado.

Área de fraldas:

- Utilize talcos ou maisena que aumentam a absorção da umidade e diminui o atrito e a maceração da pele.

- As formulações devem conter o mínimo possível de princípios ativos e serem de baixa toxicidade/ irritabilidade.

- Evite adição de corantes, agentes perolizantes e aromatizantes em excesso.

Fonte: Apostila de Dermatologia do CEMEPE.

Calvície.

Se temos problemas com os fios de cabelos nos restam duas alternativas, relaxar com a realidade ou encarar o problema de frente. A calvície tem origens na genética, na falta de cuidados com os pelos, nos hábitos estéticos como tinturas, chapinhas, alisamentos, etc, e alimentares, no fumo, em doenças orgânicas, após o parto, variações hormonais femininas e até no famigerado estresse.

As várias alternativas de tratamento podem atenuar, tentar eliminar ou adiar o problema. Dentre elas temos:

- Transplante de fios, melhores resultados quando indicados no início do problema, principalmente para as ditas entradas e no topo da cabeça, resultado promissor e mais natural, o custo depende do tamanho da área afetada. Fios da área occipital da cabeça são transplantados para o topo da mesma, o que requer cuidados de centro cirúrgico.

- Deficiências nutricionais, a falta de nutrientes como ferro e aminoácidos pode comprometer a pele, as unhas e o cabelo. Devem ser repostas, além da associação com outras formas de tratamento. Um exemplo seria a deficiência nutricional que a cirurgia de redução do estomago pode causar.

- Finasterida, de uso oral em baixas doses e para uso constante. Age inibindo a 5 alfa-redutase que transforma testosterona em dihidrotestosterona, sendo que os receptortes da mesma se localizam na parte alta da cabeça, por isto a careca androgênica não atinge atrás e dos lados da cabeça. Bem indicado nas fases inicial ou intermediária do processo de queda.

- Minoxidil, medicamento indicado para pressão alta e que foi observado a capacidade de estimular o crescimento dos pelos. Aplicado em soluções no couro cabeludo ele aumenta o fluxo sanguíneo no bulbo capilar, estimulando-o. É bem indicado no inicio da queda, também, de uso contínuo.

-Laser, fotoestimulação age sobre o bulbo capilar estimulando-o, indicado na calvície inicial ou temporária como no estresse, na má alimentação ou nas variações hormonais.

- Intradermoterapia, biotina e pantenol são aplicadas no couro cabeludo tentando interromper a queda e estimular a produção de fios. Não resolve todos os casos e pode causar dor e sangramento leve no local.

- Gelo seco, jatos de gelo seco em temperaturas negativas são aplicados ao couro cabeludo gerando um processo inflamatório que aumenta a vasodilatação da região, estimulando o bulbo capilar. Indicado para quedas leves ou temporárias. Pode causar dor.
- Ah! Esqueci, tem a peruca como outra alternativa.

Hanseníase.

É uma doença infectocontagiosa crônica, CURÁVEL, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo altamente infecioso, mas com baixa patogenicidae, ou seja, baixa capacidade de causar doença.

Critérios para diagnóstico: presença de um ou mais de:
- Lesão de pele com alteração da sensibilidade na mesma.
- Espessamento de um ou mais nervos periféricos com alteração de sensibilidade.
- Baciloscopia positiva para o bacilo de Hansen.

Modo de transmissão: Contato prolongado de pessoas SUSCETÍVEIS com pacientes bacilíferos não tratados, especialmente no ambiente domicilliar.

Período de incubação: De meses a mais de 10 anos, média de 5 anos.

Período de transmissão: Enquanto estiver bacilífero, iniciado o tratamento o mesmo já deixa de ser contaminante.

Diagnóstico: Clínico e laboratorial como pesquisa de bacilos em linfa de lobo de orelha.

Diagnóstico diferencial: Eczemátide, nevo acômico, pitiríase versicolor, vitiigo, pitiríase rósea, eritema polimorfo, eritema nodoso por outras causas, granuloma anular, eritema anular, lúpus, farmacodermia, pelagra, sífilis, alopécia, areata, xantomas, esclerodermias.

Tratamento: Por serem mais eficazes é recomendado associações medicamentosas em regime ambulatorial, ou seja, não se necessita de internação hospitalar. Com duração de 9 a 18 meses.

Atenção: a Hanseníase não confere imunidade, ou seja, podemos pegar novamente. É bom lembrar que também existe a possibilidade de recidiva da doença. Qualquer alteração de pele, seje, manchas brancacentas ou avermelhadas e com alterações da sensibilidade, da sudorese ou dos pêlos procure a orientação de um dermatologista.

Fotoenvelhecimento cutâneo - parte I.

A pele humana é dividida em camadas Epidérmica, Dérmica e Hipodérmica.
A camada Epidérmica, que mede 0,04 mm a 1,60 mm é subdividida em, de fora para dentro:
camada córnea: presença de ceratina ou queratina.
camada lúcida: presente somente na palma das mãos e na planta dos pés.
camada granulosa: presença dos grânulos que secretam a queratina.
camada espinhosa: rica em celulas ceratinócitos, que ocupam todas as camadas epidérmicas.
camada basal: onde encontramos os melanócitos, responsáveis pela cor da pele, melanina.
                             
A camada Dérmica é composta por fibras colágenas, reticulares e elastina, além de conter as glândulas sebáceas, sudoríparas, foliculos pilosos, vasos sanguíneos, terminações nervosas, etc.  

A camada Hipodérmica ou panículo adiposo ou tecido celular subcutâneo é formada pelas celulas gordurosas.

A pele é nossa primeira linha de defesa contra organismos externos e ajuda a manter o equilíbrio do corpo humano.

Ao nos expormos a luz solar estamos nos expondo a varias radiações eletromagnéticas, sendo que as ultravioletas e infra-vermelha são danosas a cutis. Elas causam diminuição da síntese do DNA, com diminuição do metabolismo e da renovação celular com consequente envelhecimento cutâneo e cânceres de pele. Quanto maior o comprimento de onda da radiação solar maior a sua capacidade de atingir planos profundos da pele e causar lesões, ou seja:

- Radiações UVA: potencialmente causadoras de envelhecimento da pele, com comprimento de onda de 320-400 nm, chega até a camada dérmica.

- Radiações UVB: potencialmente causadoras de câncer de pele, com comprimento de onda de 280-320 nm, atinge a camada epidérmica.

- Radiações UVC: é absorvida pela camada de ozônio, quando integra. Com comprimento de onda de 200-280 nm, atinge a camada epidérmica.

- Luz visível: fotoenvelhecimento? Com comprimento de onda de 400-760 nm, pode chegar até a camada hipodérmica ou subcutâneo.

- Infra-vermelho: acentua os efeitos da UVB. Com comprimento de onda maior que 760 nm, também, atinge o subcutâneo.

Aguarde o próximo texto sobre protetores solares, onde vamos explicar como se proteger dos danos -envelhecimento não cronológico, além de cânceres de pele- causados pela radiação solar. Até breve.

Fotoenvelhecimento cutâneo - parte II.

O sol é essencial à vida, provoca sensação de bem-estar e alegria, mas também pode ser um vilão para a pele: 90% do envelhecimento cutâneo (rugas, manchas e flacidez) é causado pelo fotoenvelhecimento provocado pelos raios UV, além do risco de câncer de pele. Mas é possível, com o uso de filtros solares, desfrutar do sol e manter a sua pele sempre saudável.

Os efeitos UVA e UVB:
UVA - Aging = envelhecimento

Aceleram o envelhecimento, pois penetram profundamente
podem desencadear processos alérgicos, manchas e, em casos específicos, herpes solar
São intensos ao longo do dia e durante o ano inteiro, inclusive em dias nublados.

UVB - Burning = queimaduras

É responsável pelas queimaduras
São mais intensos no verão e no período entre 10h e 16h
Exposições repetidas podem causar câncer de pele.

Trabalho ao sol:
A proteção solar diária é indispensável para os profissionais que trabalham diretamente expostos ao sol, como lavradores, garis, ferroviários, pedreiros e outros.
Nesses casos, o filtro solar é qualificado como EPI (Equipamento de Proteção Individual) e esses profissionais devem recebê-los dos empregadores, a fim de prevenir-se dos malefícios cumulativos do sol no dia-a-dia de suas atividades.

Os sinais de câncer na pele:

Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho
Crescimento na pele de mancha elevada com aparência brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida
Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Mitos e verdades sob o sol:

A pele guarda na memória os efeitos nocivos dos raios solares - Verdade
Uma região exposta permanece frágil para toda a vida. Para expô-la ao sol, escolha um FPS mais elevado ou proteja com chapéu ou peça do vestuário

Em dias nublados a pele está protegida dos raios nocivos do sol - Mito
As nuvens atenuam a radiação UV, mas não é o suficiente para proteger a pele.

Enquanto uma pessoa mantiver-se na água evitará a radiação UV - Mito
Embora a água atenue a radiação UV, a pessoa continua exposta aos raios solares quando está nadando.

Com um FPS elevado, pode-se ficar todo dia ao sol - Mito
Um índice elevado permite mais tempo de proteção, mas não autoriza o prolongamento da exposição.

Sob algum tratamento, é preferível pedir conselho ao seu médico antes de tomar sol. - Verdade
Certos medicamentos (pílula, sonífero, antibiótico, anti-acne) podem alterar a sensibilidade da sua pele ao sol.

Proteção todos os dias, o dia todo:

Aplique o protetor solar e reaplique a cada 3 horas.
Na praia ou piscina prefira filtros resistentes à água, reaplique após suor excessivo ou mergulho.
Nenhuma parte do corpo deve ficar exposta sem proteção. Cuidado com orelhas, nuca, lábios, mãos e pés.
Chapéu ou boné diminuem em 5 vezes a quantidade de raios UV recebidos diretamente no rosto, pescoço e colo.
Barraca de paria filtra 50% dos raios diretos, mas 17% continuam difusos pela areia.
Óculos escuros são indispensáveis.
Não exponha diretamente ao sol crianças menores de 3 anos, por período prolongado.

PROTEJA-SE E CURTA O MELHOR DO SOL!!!

Contribuição: http://www.mirianmmaciel.blogspot.com/

Cuidados com as unhas.

Unhas são estruturas de queratina que favorecem a precisão na manipulação de objetos. A análise das unhas ajuda o diagnóstico de doenças e problemas de saúde. Mantenha suas unhas bem cuidadas e saudáveis, elas são sinais de higiene e saúde.


Veja como:

- Use luvas de borracha ao usar detergente.

- Unhas fracas e finas não devem receber polimentos. O ideal é mantê-las sempre curtinhas.

- Mantenha uma alimentação balanceada, rica em proteínas, sais minerais e vitaminas.

- Antes de pintar, sempre aplique uma camada de base fortalecedora.

- Não corte as unhas até o "sabugo", deixe sempre uma pequena porção da borda livre.

- Não corte as unhas pelos cantos, envitando que elas encravem.

- Não retire toda a cutícula, apenas o excesso, ela protege contra substâncias químicas e microorganismos.

- Evite usar endurecedores de unha, eles podem causar ressecamento e manchas.

- Evite deixar as mãos úmidas por muito tempo. A umidade excessiva favorece o surgimento de micoses.

- Lembre-se de deixar a unha respirar por pelo menos dois dias entre um esmalte e outro, para evitar ressecamento das unhas.

- Qualquer alteração como bordas desfolhando ou quebrando, manchas, descolamento ou espessamento da unha, procure um médico dermatologista para o correto diagnóstico e tratamento.

Se for a manicure e pedicure, lembre-se:

- É aconselhável ir à manicure uma vez por semana e à pedicure a cada 15 dias.

- Leve seu próprio alicate ou certifique-se de que o da manicure foi devidamente esterilizado. Caso contrário, você corre o risco de contrair infecções e doenças.

- Não compartilhe lixas, pois há o risco de contrair micoses.

- Substitua a lixa de pé por cremes esfoliantes para os pés, que removem as célular mortas.
 
Fonte consultada: http://www.mirianmmaciel.blogspot.com/

Doenças bolhosas da pele.

Pênfigos são doenças bolhosas que acometem a pele e às vezes as mucosas (boca, olhos, vulva, etc). São raras e possuem causas imunológicas (anticorpos) e ambientais. No caso do Pênfigo Foliáceo, também chamado Fogo Selvagem, suspeita-se de um mosquito simulideo. O organismo humano produz anticorpos contra antígenos (proteínas) provenientes do mosquito que reagem de forma cruzada com proteínas da pele humana causando as lesões típicas da doença.


Várias são as doenças bolhosas que nos afligem: Pênfigo foliáceo, P. Vulgar, P. Paraneoplásico e os Penfigóides bolhoso, cicatricial e gestacional; temos ainda, Dermatite herpetiforme, Dermatose por IgA linear, Dermatose bolhosa crônica da criança e a Epidermólise bolhosa adquirida. Não se desespere com tantos nomes, as diferenças são muitas vezes sutis e todas têm em comum a presença de bolhas na boca, na pele ou nas palmas da mão e plantas dos pés com algumas variações.

Podem ser relacionadas com outras doenças como Timoma, Leucemias, Sarcomas, Doenças linfáticas, Miastenia gravis, Lupus Eritematoso Sistêmico, uso de determinados medicamentos (captopril, indometacina, fenilbutazona, isoniazida, D-penicilamina, etc.), após queimaduras, radiação ultravioleta e raios-X.

No Penfigóide bolhoso o idoso é mais acometido e se caracteriza por prurido (coceira) inicial, lesões eritematosas e urticas (vermelhidão) que depois evoluem para bolhas na pele e mucosas. Pode ser causada por determinados medicamentos, além de outras causas ainda não bem definidas. Fatores físicos, radiação ultravioleta, radioterapia, Diabetes mellitus, Artrite reumatóide e Colite ulcerativa têm sido relatadas em associação.

No Penfigóide cicatricial a boca e os olhos são os locais prevalentes e algumas lesões bolhosas pertos de orifícios naturais podem surgir.

No Penfigóide gestacional surgem bolhas ao redor do umbigo em torno do segundo ou terceiro trimestre da gravidez e que podem exarcebar durante a menstruação ou uso de anticoncepcionais no futuro.

Na Dermatite herpetiforme ocorrem erupções pápulo-vesículosas em superfícies extensoras e frequentemente associada à Doença celíaca ou intolerância ao glúten. O prurido está presente.

Na Dermatose por IgA linear o quadro clínico é semelhante a D. herpetiforme, não havendo associação com a D. celíaca e as lesões pápulas urticariformes vesiculares ou bolhosas surgem mais no abdômen inferior, períneo, membros inferiores, região perioral, podendo acometer mucosas.

Na Dermatose bolhosa crônica da infância temos semelhanças a IgA linear, sendo que está acomete crianças com menos de 5 anos de idade e mais a face e o períneo.

Na Epidermólise bolhosa adquirida temos um quadro de difícil diferenciação do P. Bolhoso com possível indução por traumas locais e dependente de histologia e histoquímica para o diagnóstico.

O tratamento das doenças bolhosas da pele inclui corticóide tópico ou sistêmico, sabonetes antissépticos, imunossupressores, antibióticos, sulfonas, colchicina, dieta e outros que seu médico definirá como mais apropriado.

Fonte: Apostila de Dermatologia do Cemepe.

Feridas nas pernas.



Ferida é uma úlcera na perna com perda de tecido cutâneo, que pode ser superficial ou profundo, de longa duração e com tendência a repetir.

São tipos de úlceras dependendo de sua causa:
- Venosas.
- Arteriais.
- Neurotróficas.
- Infecciosas/ parasitárias.
- Traumáticas (físico ou químico)

A úlcera venosa é a mais comum que atinge as pernas, pode ser chamada de úlcera de estase, úlcera hipostática ou úlcera varicosa.

Sua principal causa é a dificuldade de retorno do sangue das pernas para o coração. Pode acontecer nas insuficiências venosas crônicas, nas varizes propriamente dita, nas tromboflebites (inflamação das veias) e nas compressões das veias na barriga por gravidez ou tumores intrabdominais, além de:

Trombose venosa das veias profundas da perna, que pode ser causada por imobilidade prolongada, cirurgias, parto, recuperação de fraturas nas pernas, uso de anticoncepcional oral ou como manifestação paraneoplásica (junto com o câncer) de câncer de pulmão, pâncreas ou estomago.

Anormalidades das veias e válvulas venosas, comum em pacientes jovens.

Função de bombeamento de sangue pelos músculos das pernas comprometida, ocorre nas doenças neuromusculares como poliomielite e outras doenças com atrofias musculares, artrites/ inflamação nas juntas.

Manifestações clínicas das úlceras de perna venosas:

- Extremidades quentes (pés).
- Edema nas pernas (inchaço).
- Presença prévia de varizes, erisipelas de repetição ou tromboflebites.
- Presença de dermatite ocre, coloração acastanhada nas pernas.
- Eczema, esclerose, atrofia da pele ou fissuras (rachaduras).
- Dor contínua ou não, tipo pontada.

Localização mais comum das úlceras venosas:

- No terço inferior da perna, perto do tornozelo e do lado de dentro da perna.

Tratamento:

- Fatores que desencadeam ou agravam as varizes, como infecções.
- Limpeza do local adequada.
- Hidrarantes para a pele.
- Curativos cicatrizantes especifícos para úlceras. Aqui um professional com vivência em feridas poderá indicar qual o melhor.

Prevenção: Melhor do que tratar uma ferida é evitá-la, como?:

- Fazer repouso e elevação das pernas se já possuem varizes.
- Meias compressivas para ajudarem no retorno do sangue ao coração.
- Exercício físicos compatíveis com a sua realidade.
- Dieta adequada, principalmente se for obeso.
- Avaliação médica regularmente.
- Evitar machucar o local, cuidado.
- Tratar das alterações que já existem na pele, como eczemas, infecções e micoses, antes que ajudem a abrir a ferida/úlcera.

Qualquer destas alterações observadas já tem indicação de você procurar um clínico, dermatologista e/ou angiologista. Em momento oportuno estaremos falando sobre os outros tipos de úlceras/ feridas nas pernas. Hoje teremos de nos contentar com as varicosas. Um grande abraço a todos.

Fonte: Apostila de Dermatologia do CEMEPE.

Cuidados com a pele.


O verão está chegando e não somente nele, mas, por todo o ano devemos dedicar uma atenção especial a nossa pele, já que a mesma é proteção, defesa e beleza para todos nós. Segue uma lista de recomendações para com ela. Grande abraço.

- Mantenha a pele limpa e hidratada.

- Evite o contato com substâncias que possam irritá-la.

- Não manuseie substâncias supostamente tóxicas sem luvas.

- Evite exposição exagerada ao sol, máximo de 2 horas e pela manhã bem cedo.

- Use protetores solares conforme indicação de seu médico.

- Evite coçar a pele.

- Evite contatos com águas paradas ou contaminadas.

- Não use produtos na pele sem orientação ou indicação médica.

- O aparecimento de manchas estranhas na pele é um bom motivo para se procurar um dermatologista.

- Não esprema espinhas.

Fonte: Encarte do SESC- MG.

Doença de Kawasaki.

A doença de Kawasaki acomete principalmente crianças pequenas, média de 2,6 anos, e tem um acometimento tanto da pele, quanto de órgãos nobres do corpo humano. Acomete mais meninos do que meninas. É uma vasculite -inflamação dos vasos sanguíneos- generalizada  desencadeada por antígenos  que levam a uma reação imuno-inflamatória e pode durar até 10 semanas.

Sinais e sintomas:
- Febre que pode durar até 12 dias.
- Diarréia.
- Artrite - inflamação das juntas/ articulações- joelho, quadril, cotovelos.
- Eritema da pele - vermelhidão.
- As lesões da pele podem ser dolorosas.
- Edema -inchaço- dos dedos, mãos e pés.
- Lábios vermelhos, ressecados, rachados e com crostas.
- Língua em "morango" - vermelha com hipertrofia das papilas línguais.
- Os olhos ficam congestionados/ conjuntivite podendo durar até 3 semanas.
- Adenites -ínguas- no pescoço.
- Descamação da pele das mãos/ pés quando começa a desaparecer o eritema da pele.
- Na fase de recuperação podemos ter queda de cabelo -eflúvio telógeno- e unhas sulcadas -linhas Beau.

Complicações:
- Meningite asséptica -sem bactéria.
- Miocardite.
- Aneurismas nas artérias coronarianas.
- Arritmias cardíacas.
- Insuficiência cardíaca.
- Infarto do miocárdio.
- Uretrites.
- Pneumonia.
- Obstrução intestinal.
- Acidente vascular cerebral -AVC.
- Mortalidade de até 2,8% dos casos.

Exames de laboratório:
- Alterações das enzimas do fígado.
- Elevação dos glóbulos brancos no sangue.
- Elevação das plaquetas no sangue.
- VHS elevada.
- Piócitos na urina.
- Eletrocardiograma alterado.
- Ecocardiograma com aneurismas das coronarianas em 20% dos casos.

Diagnóstico diferencial:
- Alergia medicamentosa.
- Artrite reumatóide juvenil.
- Mononucleose infecciosa.
- Exantemas -vermelhidão- virais.
- Leptospirose.
- Doença dos carrapatos.
- Choque tóxico.
- Pele escaldada pelo estafilocócico.
- Eritema multiforme.
- Doença do soro.
- Lupus eritematoso sistêmico.
- Artrite reativa.

Critérios para diagnóstico:
- Picos febris com mais de 39 graus de temperatura por mais de 5 dias e sem causa aparente.
- Congestão nos olhos.
- Nas mucosas: lábios inchados/fissurados ou faringe irritada ou língua em "morango".
- Nos membros: vermelhidão das mão/pés ou edema das mãos/pés ou descamação da pele entorno das unhas.
- Vermelhidão -eritema- da pele.
- Ínguas no pescoço -Adenite.

Tratamento:
- Inicialmente hospitalização para avaliar e/ou acompanhar complicações cardíacas.

São médicos que podem ajudar no diagnóstico e acompanhamento da criança o pediatra, sem dúvida, infectologista e cardiologista se for o caso, outros se necessário (SN).

Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 6a edição.

Úlceras nas pernas.

Úlcera é a perda de tecido/ pele mais ou menos profunda e sem tendência à cura espontânea. Existem úlceras de origem venosa, arterial, neurológica, infecciosa/ parasitária e por queimaduras. Aqui trataremos da úlcera de origem arterial.

São causas de úlceras arteriais:
- Isquêmia ou insuficiência de fluxo arterial para determinada região ou tecido.
- Arteriosclerose ( comprometimento do calibre dos vasos arteriais)
- Hipertensão arterial ( idem)
- Malformações artério-venosas.
- Tromboangeíte obliterante - causada pelo tabagismo.
- Coagulação intravascular primária ou microembolizações.

Localização:
- Face lateral da perna.
- Calcanhar.
- Dorso do pé.
- Dedos.

Sinais - Sintomas:
- Úlceras com de aspecto irregular.
- As extremidades são frias, palidas e/ou arroxeadas.
- Não se observa estase/ inchaço de edema.
- Pele é atrófica - fina, seca e descamativa.
- Unhas são espessadas e distróficas.
- Pulsos arteriais diminuídos ou ausentes.
- A elevação do membro/ perna causa mais dor.
- A dor melhora de pé ou caminhando.
- Caminhando pode o paciente mancar.
- Sensação de queimação ou formigamento no local ou área afetada.
- Perda dos pêlos nas áreas isquemiadas.

Tratamento:
- Dos fatores desencadeantes ou agravantes. Ex: Diabetes mellitus, hipertensão arterial, arteriosclerose.
- Das infecções associadas. Ex: Utilizar anti-microbianos.
- Limpeza do local adequada.
- Hidratantes de pele.
- Curativos especifícos para as ulcerações.
- Vasodilatadores se for o caso.

Prevenção:
- Elevar a cabeceira da cama em torno de uns 20 cm.
- Parar de fumar.
- Uso de calçados confortáveis e adequados.
- Cuidados com as unhas.
- Evitar traumas nas áreas afetadas.
- Controlar corretamente as doenças associadas, agravantes ou desencadeantes.
- Tratar quaisquer infecções e micoses presentes e evitá-las.
- Meias elásticas são contra-indicadas.

Diferenças entre úlceras de origem arterial e de origem venosa:
Arterial: Dolorosa.
Venosa: Raramente dolorosa.
Arterial: Localização lateral da perna, dedos, calcanhar e peito do pé.
Venosa: Localização mais próxima do lado interno do tornozelo.
Arterial: Pulsos arteriais diminuídos ou ausentes.
Venosa: Pulsos arteriais presentes.
Arterial: Pele seca, descamativa, atrófica.
Venosa: Pele com eczema (crostas)  e/ou manchas amarronzadas.
Arterial: Sem ou pouco pêlos.
Venosa: Pêlos presentes.
Arterial: Unhas distróficas - aspecto grosseiro.
Venosa: Unhas normais.
Arterial: Pele palida e/ou cianótica.
Venosa: Ausência de palidez e/ou cianose.

Obs.: Leia também o texto "Feridas nas pernas" neste Blog postado em setembro de 2010.

Fonte: Apostila de Dermatologia do Cemepe.

Melanoma - câncer de pele.

O melanoma é um dos cânceres com grande poder de metástase e pode levar a morte se não for feito um dianóstico e tratamento precoces. É muito comum em pacientes de pele clara e sensível. Na pele encontramos outros tipos de cânceres bem mais benignos que o melanoma, seriam eles o basocelular e o espinocelular. É importante lembrar que a exposição excessiva e prolongada a luz solar contríbui para o envelhecimento da pele e para o desenvolvimento de cânceres cutâneos.

Crie o hábito de realizar o autoexame de sua pele em busca de lesões suspeitas e ao encontrá-las não deixe de procurar um médico para o diagnóstico definitivo ou a retirada da mesma. O diagnóstico precoce do melanoma ou de qualquer câncer permite a cura da doença, ou seja, o tempo pode estar a favor ou contra você.

O autoexame pode ser feito mensalmente diretamente por você ou utilizando uma pessoa de sua confiança/intimidade para analisar toda a sua pele desnuda.

fique atento a mudanças na pele, como manchas de cor, formato e tamanho diferentes. A dor não é uma boa referência diagnóstica, já que o câncer de pele pode ser indolor.

Existe o ABCDE do diagnóstico de melanoma, que serviria de alerta para o paciente e é muito utilizado pelos médicos na suspeita de uma lesão.
A- Assimetria - quando dividimos com uma linha imaginária a lesão suspeita, se as duas partes são idênticas a chance é de que o tumor seje benigno, havendo diferença entre as partes pode ser maligno.
B- Borda - o tumor benigno apresenta uma borda regular e bem feita, já o melanoma tem uma borda irregular, ondulada ou mal definida.
C- Cor - o tumor benigno possui uma única cor dentro da lesão, já no melanoma podemos encontrar vários tons de cores, como bege, marrom ou preta; em alguns casos branca, vermelha ou azul.
D- Diâmetro - os tumores benignos normalmente são menores que 6mm, já o melanoma pode ter mais do que isto quando do diagnóstico.
E- Evolução - o tumor benigno se mantém inalterado ao longo do tempo, já o melanoma pode mudar de forma, tamanho e cor ao longo do tempo ou de sua evolução.

Fique atento aos critérios sugeridos e lembre-se que o diagnóstico definitivo é feito por biópsia ou exame patológico da lesão.

Fontes: Dermatologia de fitzpatrick 6edição.
             Informe cientifíco Aché.

Escaras.


Escaras de decúbito ou úlceras de pressão são feridas que acometem pacientes acamados por longos períodos, como idosos sequelados, paraplégicos ou tetraplégicos. As áreas mais afetadas são a região lombar, sacral, tornozelos e calcanhares, que seriam áreas submetidas a pressão prolongada da pele sob saliências ósseas. A diminuição da circulação sanguínea nestas áreas causaria isquemia e necrose com o surgimento de escaras enegrecidas, que destacadas formaria uma úlcera/ferida no local.

Como prevenir o aparecimento ou aumento dessas escaras:
- Limpar a pele sempre que necessário ou em intervalos programados. A ferida deve ser lavada com sabonete neutro de uso medicinal.
- Evitar o ressecamento da pele com o uso de cremes hidratantes.
- Evitar expor o paciente ao frio, este aumenta a isquemia da pele.
- Controle a umidade do paciente evitando deixá-lo molhado, suado, com secreções tipo urina ou fezes. A umidade aumenta a maceração da pele, com ruptura da integridade cutânea e favorece a formação de úlcerações.
- Use fraldas descartáveis ou forros na cama que absorvem a umidade.
- O uso dos cremes hidratantes, peículas e óleos funcionam como barreira protetora.
- Quando for movimentar o paciente no leito, NÃO arraste-o sobre os lençoís, levante-o com o lençol e o reposicione no  local desejado. A fricção da pele sobre roupas de cama laceram a pele.

Qual a posição do paciente no leito:
- Pacientes acamados por longo períodos devem ficar deitados em colchão de espuma, tipo caixa de ovo, de ar, de gel ou de água para evitar o excesso de pressão nas saliências ósseas.
- A posição deve ser modificada a cada 2 horas ou menos se necessário.
- Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser utilizadas para manter afastados entre si e da superfície da cama os joelhos e tornozelos.
- Quando o paciente estiver deitado de lado, não o deixe totalmente de lado, opte por uma inclinação de 30 graus, evitando assim a pressão da pele sobre a cabeça do osso do fêmur. Como fazer: escore o pciente com almofadas pelas costas.

Qual a posição do paciente em cadeiras de roda:
- O paciente deve ser movimentado a cada hora, reposicionado ou recolado na cama. Almofadas de espuma, de ar, de água ou de gel diminuem a pressão sob a região da bacia, diminuíndo a isquemia local.
- Aqueles que tem condições ou capacidade devem fazer uma flexão ou levantar o seu peso a cada quinze minutos aliviando esta pressão na região isquiática/bacia.

Quem além da família pode ajudar a cuidar desses pacientes:
- Cuidadores de idosos, clínico, cirurgião vascular, cirurgião plástico, fisioterapeuta, nutricionista e enfermeiros que podem além de cuidar, orientar a família nos cuidados e necessidades desses pacientes.

A fisioterapia diminui o tempo de exposição do corpo a mesma postura, melhora a mobilidade e aumenta a massa muscular, o que permite um aumento do coxim muscular que ajuda a suportar a pressão sob as saliências ósseas. Pacientes que podem participar da movimentação podem fazer uso de equipamentos auxiliares que ajudam a movimentar ou elevar o corpo.

Uma boa condição nutricional ajuda no aumento da massa muscular e na melhoria da cicatrização das feridas.

Os cuidados listados acima são suficientes para evitar ou amenizar o surgimento de escaras, caso as mesmas já existam, surgiram ou pioraram existe uma grande variedade de curativos e medicações tópicas que bem utilizados podem resolver o problema. Neste caso consulte um profissional especialista em feridas. Lembrando que muitos planos de saúde já tem uma equipe treinada para orientar e visitar esses pacientes no domicílio, consulte o seu plano de saúde sobre suas necessidades.

Fonte: Informe cientifíco Apsen.

Melasma - Cloasma.

Melasma do grego "mancha negra" - Cloasma "mancha verde". São manchas que escurecem a pele da face com colorações que vão do castanho-claro, castanho-escuro, até o negro. Acomete areas com alta exposição à luz solar, como a face.

Pode acontecer na gravidez, no uso de anticoncepcionais, uso de difenilidantoina e depende da presença da radiação solar.

Acomete adultos jovens, principalmente mulheres, 10% são homens e mais em portadores de pele morena a negra.

Na face ocorrem mais na região central, como bochechas, testa, nariz, lábio superior e queixos.

Ele pode desaparecer alguns meses depois do parto ou da suspensão dos anticoncepcionais, podendo reaparecer no caso de novas gestações.

O tratamento consiste no uso de despigmentantes em creme ou injetáveis nas áreas atacadas.

Mais importante do que tratar o melasma, é prevení-lo, sendo que isto é feito com o uso regular de protetores solares que contenham óxido de zinco e dióxido de titânio em sua formulação.

Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 6a edição.

Psoríase.

A Psoríase é uma doença que acomete cerca de 2-3% da população, independe do sexo e ocorre mais na terceira década de vida. É uma doença inflamatória crônica da pele, que pode afetar também as mucosas, unhas e articulações; são lesões avermelhadas, bem delimitadas e descamativas. Pode apresentar períodos de melhora e agravamento ao longo de sua evolução. Seu grande problema é a interferência na qualidade de vida dos pacientes e no preconceito que a acompanha.

A causa definitiva ainda não está estabelecida, mas, vários fatores interferem no seu quadro clínico:

- Fatores hereditários: 13 a 41% dos acometidos possuem história familiar da doença. Quando um dos pais é acometido a chance é de 30%, se ambos a têm, 60% é a possibilidade de se desenvolver a doença.

- Fatores ambientais:
  • Estresse: As crises muitas vezes coincidem ou pioram nos momentos de maior desgaste emocional do paciente. Além do que a aparência da doença e sua resistência ao tratamento podem levar a alterações do humor e da qualidade de vida, causando inadaptação social, fragillidade emocional, ansiedade  e estresse.
  • Traumas na pele por menores que sejam podem causar o aparecimento de novas lesões.
  • Infecções: Principalmente na garganta, podem piorar ou desencadear novos focos das lesões. Acometimento maior em crianças e adolescentes.
  • Determinados medicamentos e em determinadas pessoas podem causar ou piorar a doença, como o lítio (utilizado em doenças comportamentais) a cloroquina, o propranolol (utilizado no tratamento da pressão alta) e os anti-inflamatórios, como o ácido salicílico.
  • Clima: Alguns pacientes pioram no inverno e melhoram no verão. Sendo que a exposição excessiva a luz solar pode piorar as lesões.
  • Hormonais: Nas mulheres pode melhorar na gravidez e piorar na menopausa.
  • Metabólicos: A chamada Síndrome metabólica que inclui obesidade, pressão alta, resistência a insulina e colesterol ou triglicérides alto pode estar associada com à psoríase.
  • Outros: Tabagismo e alcoolismo podem causar recaídas e diminuir a eficácia do tratamento em uso.
Atenção: A psoríase não é uma doença infecciosa, ela não passa para outras pessoas através do contato pessoal ou com objetos do portador.

A manifestação acomete principalmente a pele, qualquer parte do corpo, couro cabeludo, braços, pernas e extremidades, principalmente cotovelos e joelhos. Palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal, axilas e genitais menos frequentes. As lesões variam de tamanho e forma, sendo avermelhadas, espessadas e com uma descamação brancacenta, que é brilhante e aderida a pele. Podem ser acompanhadas de coceira, ardor ou dor.

Tipos de Psoríase:
  • Placas: Forma mais comum da doença, de tamanho variável, de alguns centimetros até grandes áreas acometidas.
  • Gotas ou Gutata: Várias lesões milimétricas, podendo estar associada a infecções como amigdalites, cáries, infecções urinárias e outras.
  • Invertida: Vermelhidão intensa nas áreas de dobras, como sulco interglúteo, inframamária, estando ausente a descamação brancacenta.
  • Palmo-plantar: Lesões espessadas, rachadas e até sangrantes nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Eritrodérmica: Grande parte do corpo apresenta lesões avermelhadas e descamativas.
  • Pustulosa: Possui uma base avermelhada com bolhas e pus. Pode ser generalizada ou palmo-plantar.
  • Ungueal: Afeta as unhas, causando depressões, descolamento das bordas, mudanças na cor ou espessamento.
  • Mucosas: Afinamento e vermelhidão na boca e genitais.
  • Articular: A psoríase pode ou não ser acompanhada de dor, inflamação, vermelhidão e incapacidade funcional das articulações (artrite psoriásica). Está pode levar a deformidades e incapacidades funcionais se não tratada precocemente.
Tratamentos: - Objetivos
  1. Controlar a doença.
  2. Reduzir a área afetada.
  3. Melhorar as lesões da pele.
  4. Evitar recaídas.
  5. Controlar possíveis efeitos colaterais dos tratamentos utilizados.
  6. Melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

                     - Dicas
  1. Evite tomar banho com água quente e utilize sabonetes suaves, sem perfume, neutros e sem antibacterianos.
  2. Ao se enxugar não esfregue a pele, isto aumenta a secura e expõe a pele a infecções que podem aumentar as lesões. Não utilize buchas de banho.
  3. Utilize roupas de algodão folgadas, evitando o friccionar com a pele.
  4. Hidratação da pele várias vezes ao dia é muito importante.
  5. Os medicamentos devem ser prescritos pelo seu médico, muitos medicamentos podem causar ou até piorar a Psoríase. Evite auto-medicação ou aceitar dicas de tratamentos de pessoas leigas.
  6. O tipo da alimentação não interfere diretamente na doença, mas, é bom lembrar que a doença pode estar associada com obesidade, resistência a insulina/ glicose no sangue, aumento do colesterol e triglicérides, que também causam doenças no coração. Portanto controle seu peso.
  7. Pare de fumar e utilize bebidas alcoólicas com bastante moderação, estes interferem com o tratamento ou agravam a doença.
  8. Durma bem, procure ficar relaxado e tranquilo frente as adversidades da vida, técnicas de relaxameto como Yoga podem ajudar.
  9. Trate possíveis infecções o quanto antes.
  10. Siga corretamente o tratamento prescrito por seu médico, quando tiver dúvidas, consulte-o.
  11. Tenha uma atividade física regular, respeitando seu condicionamento físico e fazendo uma avaliação cardiológica antes de iniciar os treínos. Caminhadas, natação ou corrida são um bom começo.
Fonte: Informe científico Leo Pharma.